VALE PLANEJA TER MAIS 8 USINAS DE BRIQUETES ATÉ 2030

Tonny Morais • dez. 13, 2023

Novas plantas devem ser instaladas no Oriente Médio, no Golfo do México e no Brasil

O presidente da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo, disse que a companhia planeja mais oito fábricas de briquetes, além das duas localizadas no complexo de Tubarão, em Vitória (ES). De acordo com o executivo, a prioridade será implementar plantas de briquetes em parceria com clientes, mas ainda não há acordos firmados.


As novas plantas devem ser instaladas no Oriente Médio, no Golfo do México e no Brasil – com um cliente no País. “São as áreas onde têm competitividade de gás natural ou de mercado.”


Bartolomeo participou da cerimônia de inauguração da primeira fábrica de briquetes da mineradora. Uma segunda unidade será inaugurada no início de 2024. Juntas, as duas fábricas vão produzir 2,5 milhões de toneladas no ano, e, de acordo com o executivo, toda a produção já está contratada.


O presidente da Vale também comentou a suspensão de negociações sobre a repactuação do acordo relativo a compensações pelo acidente de Mariana (2019). “A gente continua comprometido em fazer acordo sobre Mariana dentro de um arcabouço que dê segurança jurídica”, disse.


“O arcabouço do acordo sobre Mariana está quase pronto; houve uma pausa do TRF Tribunal Regional Federal. Vamos cumprir esse acordo Mariana o mais rápido possível.”


O briquete, que começou a ser desenvolvido pela Vale há cerca de 20 anos e foi anunciado em 2021, é produzido a partir da aglomeração a baixas temperaturas de minério de ferro de alta qualidade utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes, que confere elevada resistência mecânica ao produto final.


O produto poderá substituir sinter, pelota e granulado em altos-fornos e pelota em fornos de redução direta, cortando em até 10% a emissão de gases do efeito estufa na produção de aço em relação ao processo tradicional. A siderurgia é responsável por cerca de 8% das emissões do mundo.


O briquete reduz ainda a emissão de particulados e de gases como dióxido de enxofre (SOX) e o óxido de nitrogênio (NOX), além de dispensar o uso da água na sua fabricação.


Vale: Próximos passos


A Vale está agora desenvolvendo a versão do briquete para a rota de redução direta, tipo que será utilizado nos “Mega Hubs”, complexos industriais voltados para a fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono que a companhia estuda implantar no Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã), no Brasil e nos EUA.


“Testes experimentais foram realizados com sucesso e a empresa já iniciou o primeiro teste industrial, em um reator na América do Norte”, disse a empresa em nota.


Nesses Mega Hubs, a Vale produzirá os briquetes, que serão utilizados na fabricação de HBI (hot-briquetted iron ou ferro-esponja), produto intermediário entre o minério de ferro e o aço.


Com informações da Infomoney

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