EXPULSOS: Justiça destitui diretores do Metabase

Tonny Morais • ago. 02, 2022

Os dissidentes foram expulsos por conduta antissindical e má conduta administrativa.

O Juiz Titular da 2ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho, Dr. Adriano Antônio Borges, condenou os diretores Ricardo Matos Gonzaga, Bruno Aparecido de Oliveira Gomes, Carlos Estevam Gonzaga “Cacá”, Eladio Rodrigues de Oliveira, Jose Alberto Miguel (Negão) e Flávio Henrique Serafim por conduta antissindical e má conduta administrativa. A sentença faz com que os diretores sejam “despojados dos cargos que ocupam no momento” no Sindicato Metabase de Itabira, “tornando-os inelegíveis para cargos administrativos ou de representação econômica ou profissional, de forma imediata” e indenizarem pelo dano material sofrido, no limite de R$23.804,50 e ao pagamento de honorários de sucumbência no importe de R$2.380,43. O juiz em sua sentença disse que “a conduta dos réus, típica de guerrilhas e de doutrinas de choque, ferem o escopo democrático que deve haver em todas as instituições coletivas. O direito à livre expressão do pensamento não é autorização para ofender, menoscabar, desmoralizar e vilipendiar a dignidade das pessoas, das instituições e da coletividade. Data vênia, não cabe a ninguém, sob pena de retorno à barbárie, do eclipse total da razão, da implantação de um abismo civilizatório, notadamente aos diretores de instituição fundamental ao estado democrático de direito, desagregar violentamente, ofender levianamente, derruir formal e materialmente e manchar publicamente a honra e a imagem de sindicatos e diretores. Também não cabe, data vênia, de forma vazia e desprovida de fundamentos e provas concretas, desacreditar e vulgarizar acordos judiciais legítimos, celebrados pelo sindicato com empregadores em benefício da categoria, assim como taxar de desonestos, “pelegos” e mentirosos membros da diretoria desse mesmo sindicato. Data vênia, não será com tirania, absolutismo, totalitarismo, fundamentalismo da razão singular, sujeição violenta, alienação totalizante, oposição patológica, amesquinhamento de adversários, expropriação de liberdades e reprodução protofascista que se regerá com higidez a categoria”, disse o magistrado. O presidente André Viana comentou: “Desde o ano passado, eles se juntaram a agentes externos radicais que, pasmem, são contra a mineração. De lá então, a nossa instituição vem sofrendo ataques injustos por parte destes diretores dissidentes que desrespeitam não apenas o maior sindicato da região com 76 anos de história, mas também os membros da diretoria, os funcionários e a categoria que representamos. Neste período, fomos agredidos publicamente por meio de boletins falsos, redes sociais e outros meios de comunicação. Foram e estão sendo dias muito difíceis, onde fomos lesados por quem deveria lutar pelos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Enquanto estávamos nas mesas de negociações, nos tribunais de justiça e no dia a dia de luta do sindicato, esses diretores se valiam do lamentável papel de caluniar, difamar e atrapalhar quem de fato estava lutando e buscando o bem-estar dos representados”. André completou: “Apesar de todas estas coisas, nós decidimos não nos envolvermos com a baixaria e imaturidade, não atacamos e não desrespeitamos ninguém. Optamos pela linha da ética e do trabalho, mesmo não sendo respeitados por eles. Focamos na infalível justiça divina e nada disto fugiu dos incansáveis olhos da justiça dos homens, que também é estabelecida por Deus”. Questionado quais seriam as medidas tomadas depois da sentença publicada, o presidente disse que, sem nenhuma comemoração, irá acatar a decisão da justiça, até por ser previsto no estatuto do Sindicato a má conduta, espírito de discórdia ou falta cometida contra o patrimônio moral da instituição. “A nossa filosofia sempre foi “juntos somos mais fortes” e “diálogo para conquistar e resistência para avançar”. As ações infelizes e lamentáveis destes senhores não deram nenhum resultado, pois preferiram o caminho da discórdia e do ódio. Continuaremos firmes em nossos propósitos na luta pelos nossos trabalhadores, aposentados, pensionistas e representados. Estamos na luta, mas sempre buscando a paz na luta. É na luta que Deus está”, finalizou...

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